Arábica atinge nova máxima histórica enquanto robusta recua

Os preços do café encerraram a sessão desta quinta-feira (13) em direções opostas nas bolsas internacionais, com destaque para o arábica, que registrou uma nova alta histórica nos contratos mais próximos em Nova York. Segundo o Escritório Carvalhaes, o cenário de oferta segue apertado, com estoques baixos tanto nos países produtores quanto nos consumidores. Esse fator tem sustentado as cotações e pode gerar desafios para o abastecimento do consumo interno e das exportações nos próximos meses. O contrato de março/25 do arábica subiu 710 pontos, atingindo 438,90 cents/lbp, enquanto os vencimentos mais distantes tiveram variações mais moderadas, com julho/25 avançando apenas 90 pontos e setembro/25 recuando 380 pontos.

Já o robusta, negociado em Londres, não acompanhou a mesma tendência de valorização e fechou o pregão em baixa após recuperar parte das perdas iniciais. Os contratos futuros registraram quedas entre US$ 23 e US$ 33 por tonelada, refletindo um mercado mais estável em relação ao arábica. Essa divergência pode estar relacionada à menor especulação sobre a oferta do robusta em comparação ao arábica, que tem sido mais impactado pelas preocupações com estoques reduzidos e dificuldades no abastecimento global.

No mercado físico brasileiro, os preços acompanharam a alta do arábica em Nova York, mas a liquidez permaneceu baixa. Os compradores se mantiveram afastados, adquirindo apenas o necessário para cobrir demandas pontuais, devido à forte valorização dos preços. O Café Arábica Tipo 6 teve ganhos expressivos, com destaque para Machado/MG, onde a saca subiu 4,38%, e Espírito Santo do Pinhal/SP, com alta de 3,45%. O Cereja Descascado também teve valorização, com aumento de 3,33% em Espírito Santo do Pinhal/SP, atingindo R$ 3.100,00/saca. O comportamento do mercado nos próximos dias dependerá da evolução das cotações internacionais e da reação dos compradores a esse novo patamar de preços. Fonte: Noticias Agrícolas Com novos recordes em NY, preços do café no mercado físico alcança patamar... - Notícias Agrícolas