Cotação do Café Futuro Sobe com Valorização do Real e Temores Climáticos no Vietnã

O mercado futuro do café encerrou a quarta-feira com altas significativas nos principais contratos, tanto em Nova York quanto em Londres. O fator principal que impulsionou essas valorizações foi a recente valorização do real frente ao dólar, o que levou os investidores a cobrir posições vendidas. O real mais forte desencoraja os produtores brasileiros de café a venderem suas safras no mercado internacional, reduzindo a oferta disponível e pressionando os preços para cima. Esse movimento foi observado em todos os contratos futuros, com destaque para o contrato de março/25, que registrou um aumento de 2,74%.

Apesar da alta recente, o mercado de café arábica continua sob influência de fatores que podem limitar o avanço dos preços. A diminuição das preocupações com o clima seco no Brasil e o avanço das exportações do país indicam que a oferta global de café arábica pode permanecer robusta. Além disso, a colheita avançada no Brasil também exerce uma pressão de baixa sobre os preços, pois aumenta a disponibilidade de café no mercado. Por outro lado, o robusta tem mantido sua sustentação devido aos temores de seca no Vietnã, o que pode reduzir a produção futura e limitar a oferta global dessa variedade.

No mercado físico brasileiro, as variações positivas nos preços acompanharam as tendências observadas nos mercados futuros. O tipo 6 bebida dura bica corrida e o tipo cereja descascado registraram altas em diversas praças, como Guaxupé, Campos Gerais e Espírito Santo do Pinhal. Essas elevações refletem a dinâmica atual do mercado, onde a valorização do real e as incertezas climáticas no Vietnã influenciam diretamente as negociações, levando a ajustes nos preços internos do café.

Fonte: Notícias Agrícolas