Desvalorização do Café Arábica com Colheita Acelerada no Brasil e Queda nas Exportações do Vietnã
- Julhyana Veloso Nunes
- 17 de jun. de 2024
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O mercado futuro do café arábica iniciou a semana com desvalorização nos principais contratos na Bolsa de Nova York, influenciado principalmente pela colheita acelerada no Brasil e condições climáticas em outras regiões produtoras. Os contratos de setembro/24 caíram 290 pontos, fechando a 222 cents/lbp, e outras datas de vencimento também registraram quedas significativas. Esta movimentação sugere que a volatilidade no mercado deve continuar, à medida que o andamento da safra brasileira e as condições climáticas nas principais origens influenciam os preços.
O rápido progresso da colheita no Brasil foi um fator crucial para a pressão sobre os preços do arábica. A consultoria Safras & Mercado informou que 29% da colheita de café 2024/25 no Brasil estava concluída até 4 de junho, uma taxa mais rápida do que no ano anterior e acima da média dos últimos cinco anos. Esta aceleração pode aumentar a oferta no mercado, contribuindo para a desvalorização dos contratos futuros. Em Londres, o robusta também recuou, embora ainda mantivesse o preço acima de US$ 4 mil por tonelada, indicando uma pressão semelhante no mercado global de café.
No cenário internacional, dados da Reuters indicam que as exportações de café do Vietnã caíram 5,8% nos primeiros cinco meses do ano, com uma queda acentuada de 47,8% em maio em relação ao mês anterior. Esta redução nas exportações do maior produtor e exportador de café robusta pode impactar o mercado global, mas ainda não foi suficiente para reverter a tendência de queda observada. No Brasil, apesar da desvalorização nos mercados internacionais, os preços do café mantiveram-se estáveis nas principais praças de comercialização, refletindo uma resistência interna à volatilidade externa.
Fonte: Notícias Agrícolas
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