Impactos Climáticos Elevam Preços: Arábica em Alta e Robusta Dispara com Seca no Vietnã
- Julhyana Veloso Nunes
- 5 de set. de 2024
- 2 min de leitura

A recente atualização sobre a chegada das chuvas no Brasil apenas a partir da segunda quinzena de outubro, devido à formação do fenômeno La Niña, trouxe impacto direto no mercado cafeeiro. O preço do arábica registrou uma leve alta de 0,37%, refletindo a expectativa de problemas climáticos que podem afetar a safra. O contrato para dezembro de 2024 fechou com um aumento de 90 pontos, consolidando o valor em 243,00 cents/lbp, enquanto os contratos para março e maio de 2025 também registraram aumentos. Esse movimento é uma resposta à previsão de um atraso nas chuvas, o que pode comprometer o desenvolvimento das lavouras e, consequentemente, a oferta futura de café arábica.
Por outro lado, o mercado de robusta apresentou uma alta mais expressiva, com aumentos de até 4,29%, impulsionado por temores relacionados à seca no Vietnã, o maior produtor de robusta do mundo. O aumento nos preços do robusta reflete a preocupação global com a possível queda na produção devido às condições climáticas adversas. O contrato para novembro de 2024 registrou um aumento de US$ 202, consolidando o valor em US$ 4.718/tonelada. Esse cenário indica que, apesar da alta do arábica, o robusta está sendo mais diretamente afetado pelos problemas climáticos, especialmente no Sudeste Asiático.
No mercado interno, os preços do café mantêm uma certa estabilidade, refletindo a cautela dos produtores diante das incertezas climáticas e da produtividade da safra de 2025. Enquanto o café arábica Tipo 6 apresentou variação apenas em Machado/MG, com uma alta de 0,71%, o mercado do Cereja Descascado fechou o dia sem variações nas principais regiões produtoras. A estabilidade nos preços indica que, embora as preocupações climáticas sejam reais, o mercado interno brasileiro ainda está aguardando mais informações sobre o impacto definitivo das condições climáticas na produção futura para tomar decisões de venda mais expressivas.
Fonte: Notícias Agrícolas
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