Instabilidade e Desvalorização Marcam o Mercado Futuro do Café Arábica
- Julhyana Veloso Nunes
- 5 de jun. de 2024
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O mercado futuro do café arábica encerrou a semana com forte desvalorização nos terminais de Londres e Nova York, refletindo a instabilidade persistente mesmo com a colheita brasileira avançando sem grandes problemas. A queda expressiva aponta para a incerteza e a volatilidade que ainda dominam o mercado do café arábica.
Em Londres, apesar da forte queda, os contratos de café robusta conseguiram manter-se acima de US$ 4000 por tonelada, com o contrato de julho/24 fechando a US$ 4120 por tonelada, uma queda de US$ 150. Os contratos de setembro/24, novembro/24 e janeiro/25 também registraram desvalorizações, encerrando a US$ 3987, US$ 3854 e US$ 3720 por tonelada, respectivamente. A pressão de liquidação foi intensificada pelas notícias do progresso na colheita de café no Brasil, que estava 21% concluída em 28 de maio, ligeiramente à frente do ano anterior e em linha com a média de 5 anos, conforme informado pela Safras.
Apesar da pressão de venda, as condições climáticas adversas continuam sendo um fator de suporte para os preços no médio prazo. A falta de chuvas na Ásia e as preocupações com a produção no Vietnã podem voltar a influenciar os preços positivamente. No Brasil, o mercado físico acompanhou a tendência de desvalorização com quedas significativas nos preços em algumas das principais praças de comercialização. Por exemplo, em Guaxupé/MG, o tipo 6 bebida dura caiu 3,41%, negociado a R$ 1.275,00, enquanto o tipo cereja descascado teve queda de 3,29%, cotado a R$ 1.321,00. Essas variações indicam a complexa dinâmica do mercado de café, influenciada tanto por fatores climáticos quanto por movimentos de mercado e progresso na colheita.
Fonte: Notícias Agrícolas
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