Mercado de Café: Arábica em Alta, Robusta Sob Pressão e Expectativas Climáticas em Foco

O mercado de café apresentou movimentos distintos nesta sessão, com o arábica encerrando em alta devido ao suporte de um dólar mais fraco, enquanto o robusta permaneceu pressionado pelas projeções de aumento na oferta global. Segundo a Marex Solutions, a produção do Vietnã deve crescer 7,9% em 2025/26, enquanto a do Brasil pode aumentar 13,6%, fatores que pressionam os preços do robusta. Além disso, a restrição da oferta no Vietnã e Indonésia, com produtores segurando as vendas em busca de preços melhores, adiciona volatilidade ao mercado. No entanto, a incerteza sobre o impacto do clima na próxima safra brasileira ainda é um fator a ser monitorado.

O mercado físico brasileiro segue travado, com pouca oferta disponível na entressafra e vendedores negociando apenas pontualmente. O volume de vendas continua abaixo do necessário para abastecer o consumo interno e atender às exportações, conforme apontado pelo Escritório Carvalhaes. No entanto, as cotações do café arábica tipo 6 registraram altas expressivas em diversas regiões produtoras, com Machado/MG apresentando o maior avanço (+4,10%). O cereja descascado também valorizou em Campos Gerais/MG (+1,16%) e Poços de Caldas/MG (+0,75%), refletindo um mercado mais cauteloso à espera da nova safra.

O impacto climático segue sendo um fator chave para o setor, com a necessidade de monitoramento das chuvas nos próximos dias. Segundo a Pine Agronegócios, já há indícios de redução no potencial produtivo devido à formação das gemas florais, mas a extensão desse impacto ainda não pode ser quantificada. Enquanto isso, previsões apontam para chuvas mais generalizadas nas regiões produtoras na próxima semana, o que pode afetar as expectativas de oferta para a safra 2025/26. A combinação de fatores climáticos, demanda global incerta e comportamento dos produtores torna o mercado de café altamente volátil no curto prazo. Fonte: Noticias Agrícolas Preços do café fecham sessão de 6ª feira (28) em lados opostos nas bolsas... - Notícias Agrícolas