Mercado de Café Mostra Estabilidade com Poucos Ajustes nos Preços em Nova York e Londres

O mercado do café mostrou poucas oscilações nos preços nos terminais de Londres e Nova York após uma semana turbulenta, refletindo uma relativa estabilidade nas negociações. Em Nova York, os contratos de café arábica com vencimento em setembro/24 e dezembro/24 subiram 45 pontos, cotados a 226,80 cents/lbp, enquanto março/25 e maio/25 registraram aumentos menores. Em contraste, em Londres, o café robusta apresentou quedas em todos os vencimentos, com destaque para a desvalorização de US$ 36 por tonelada no contrato de setembro/24. Essa divergência entre os mercados de arábica e robusta evidencia a influência das condições meteorológicas e das estratégias de cobertura de posições nos preços.

A análise de mercado do site internacional Barchart atribui a recuperação do arábica a previsões de chuva limitada nas regiões produtoras do Brasil, o que levou à cobertura de posições vendidas. O clima continua a ser um fator crucial para o mercado de café, com a safra brasileira de 2024 em pleno desenvolvimento sob condições favoráveis até o momento. No entanto, as preocupações com as altas temperaturas e a escassez de chuvas estão começando a surgir, especialmente em relação ao impacto potencial na safra de 2025, onde o déficit hídrico já é um ponto de atenção em várias regiões produtoras.

No Brasil, o mercado físico de café também passou por ajustes modestos em algumas das principais praças de comercialização. O tipo 6 bebida dura bica corrida teve aumentos em Machado/MG, Campos Gerais/MG e Franca/SP, enquanto o tipo cereja descascado registrou valorização apenas em Campos Gerais/MG. Esses ajustes refletem uma cautela geral dos produtores e comerciantes, que estão atentos às condições climáticas e à evolução da safra para ajustar suas estratégias de venda. Em suma, o mercado do café continua a ser influenciado por um complexo conjunto de fatores climáticos e econômicos, com expectativas moderadas de variações de preços no curto prazo.

Fonte: Notícias Agrícolas