Mercado monitora o Brasil, embarques pesam e arábica encerra com desvalorização
- Julhyana Veloso Nunes
- 15 de fev. de 2024
- 2 min de leitura
O mercado futuro do café arábica encerrou as negociações desta quarta-feira (14) com desvalorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Além de monitorar as condições do tempo, o mercado tem a pressão dos dados de exportação do Brasil, divulgados recentemente pelo Cecafé.
O Brasil exportou 3,961 milhões de sacas de 60 kg de café em janeiro de 2024, volume que representa recorde histórico para o primeiro mês de cada ano e implica crescimento de 39% ante mesmo período do ano passado. A receita cambial avançou 30,4% nesse intervalo comparativo, saltando de US$ 615,5 milhões para os atuais US$ 802,5 milhões.
Em janeiro deste ano, as remessas ao exterior da espécie canéfora (variedades conilon e robusta), a segunda mais exportada, apresentaram substancial evolução de 503,5%, puxando o bom desempenho geral ao atingirem 457.787 sacas, o que representa 11,56% do total. A liderança segue com o café arábica, com 3,208 milhões de sacas e representatividade de 80,98%. Completam a lista os produtos do segmento solúvel, com 293.467 sacas (7,41%), e do setor de torrado e torrado e moído, com 1.898 sacas (0,05%).
A análise internacional do Barchart acrescenta que os estoques de café estão reduzidos, o que é um fator de apoio aos preços do café. Na quarta-feira, os estoques de café robusta monitorados pelo ICE caíram para um mínimo recorde de 2.343 lotes. Os estoques de café arábica monitorados pelo ICE caíram para 224.066 sacas, o menor nível em 24 anos, em 30 de novembro, embora tenham se recuperado moderadamente, atingindo o maior nível em três meses na quarta-feira, de 302.462 sacas.
No Brasil, o mercado físico acompanhou e encerrou com desvalorização nas principais praças de comercialização do país.
Artigo retirado do site: Notícias Agrícolas
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