Reviravolta no Mercado: Café Arábica Fecha em Alta Após Incertezas Climáticas no Brasil
- Julhyana Veloso Nunes
- 17 de jun. de 2024
- 2 min de leitura

O mercado futuro do café arábica apresentou uma reviravolta positiva após uma abertura de desvalorização, encerrando a quarta-feira (12) com significativas altas nas bolsas de Nova York e Londres. Os contratos de setembro/24 subiram 340 pontos, chegando a 224,85 cents/lbp, com outros vencimentos também mostrando valorização. Em Londres, o robusta seguiu a mesma tendência, embora com variações mais modestas, como a alta de US$ 33 por tonelada para o contrato de setembro/24. Essa recuperação sugere uma resposta do mercado a fatores imediatos que superaram as pressões iniciais de desvalorização.
No cenário internacional, as condições climáticas no Brasil continuaram a influenciar os preços. Apesar do tempo seco favorecer a colheita atual, há preocupações sobre o impacto dessas condições no desenvolvimento do próximo ciclo de produção. A ausência de chuvas na região de Minas Gerais, reportada pela Somar Meteorologia, é um ponto de atenção que pode afetar negativamente as futuras safras se a situação persistir. Esse fator climático, aliado ao volume significativo de embarque de café brasileiro, que ultrapassou quatro milhões de sacas no mês passado, continua a ser um elemento crítico na dinâmica de oferta e demanda global.
No mercado físico brasileiro, as cotações também acompanharam as valorizações dos futuros. Várias praças de comercialização registraram aumentos nos preços, como Guaxupé/MG, que viu uma alta de 1,52% para o tipo 6 bebida dura bica corrida. Outras regiões, como Poços de Caldas/MG e Varginha/MG, também apresentaram valorização significativa tanto para o tipo 6 bebida dura quanto para o tipo cereja descascado. Esse movimento reflete um ajuste positivo no mercado interno, em linha com as tendências observadas nos mercados futuros, indicando uma sólida demanda e a percepção de qualidade do café brasileiro, mesmo diante de um cenário de incertezas climáticas e econômicas.
Fonte: Notícias Agrícolas
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