Volatilidade persiste e preços do café recuam com estimativas de safra maior e câmbio pressionado
- Julhyana Veloso Nunes
- 8 de mai.
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O mercado de café encerrou esta quarta-feira (07) com tendência de queda nos preços, após um novo dia marcado pela volatilidade. A pressão sobre os contratos futuros se intensificou com a divulgação da estimativa da Conab, que apontou uma safra brasileira de 2025 maior do que a anterior, estimada em 55,7 milhões de sacas — um aumento de 2,7%. Além disso, a desvalorização do real frente ao dólar incentivou as exportações, contribuindo para o recuo nas cotações do arábica na Bolsa de Nova York, que registrou perdas expressivas em todos os vencimentos.
O cenário externo também influenciou negativamente o mercado, com destaque para o robustecimento das exportações do Vietnã e de Uganda, que alimentam os estoques globais de robusta. A Bloomberg destacou que essa melhora na perspectiva de oferta, especialmente de grãos mais baratos, tem sido avaliada pelos operadores e colabora para o aumento da volatilidade. O robusta, embora com leve alta no contrato mais curto, teve quedas nos demais vencimentos na Bolsa de Londres, refletindo o equilíbrio instável entre oferta crescente e demanda ajustada.
No mercado interno, os preços seguiram em queda, acompanhando o movimento internacional. Apesar do interesse dos compradores, os volumes de café da safra 2024 ainda nas mãos dos produtores são baixos, e muitos cafeicultores mantêm uma postura cautelosa frente às ofertas atuais. As praças monitoradas, como Varginha, Franca e Guaxupé, registraram recuos nos preços do Arábica Tipo 6, assim como o Cereja Descascado, que também teve desvalorizações. O cenário é de pouca liquidez, com os produtores relutando em negociar em meio à instabilidade global dos preços.
Fonte: Notícias Agrícolas
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