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REGIÕES PRODUTORAS DE CAFÉ

ESPÍRITO SANTO

Espírito Santo é o 2º maior produtor brasileiro de café. A cafeicultura está no Estado de maneira bastante diversificada. A diversidade começa nas espécies cultivada: Coffea arabica (arábica) e Coffea canephora (conilon). Além disso, a cafeicultura capixaba é praticada em diferentes altitudes, o nível tecnológico dos produtores é variado, o tamanho das propriedades é diverso (os pequenos produtores são maioria, mas há grandes empresas rurais na cafeicultura capixaba), e a qualidade do café produzido no Espírito Santo também é vasta. O arábica é mais cultivado em regiões de temperaturas mais baixas e altitudes acima de 500m. Já o conilon é de regiões mais quentes, normalmente plantado abaixo de 500m de altitude.

Plantação de café representando a região de montanhas do Espírito Santo

Montanhas do Espírito Santo

O café produzido nesta região montanhosa, acima de 400 metros, é o arábica. A partir da década de 1980, foi iniciado um trabalho de melhoria da qualidade. As técnicas tradicionais foram substituídas por novas máquinas, o que possibilitou maior controle no processamento do grão. As principais cidades produtoras são Afonso Cláudio, Venda Nova do Imigrante, Alfredo Chaves e Castelo. Características do café: Montanhas – encorpado e com acidez de média a alta, doçura e boa complexidade de aromas.

Montanha do ES

Conilon Capixaba

A maior parte das propriedades que cultiva a espécie Coffea Canephora (robusta/conilon) no Brasil está localizada no Espírito Santo (40,4%). Elas são responsáveis por 59,6% da produção nacional desse grão. O cultivo de conilon no estado ganhou força após a década de 1960, época em que o governo federal lançou o plano de erradicação dos cafezais, depois de uma série de problemas enfrentados pela cultura. Com a recuperação das plantações, em 1970, a reimplantação do arábica se restringiu às áreas de montanhas. Assim, para as regiões mais baixas (400 metros), surgiu a cafeicultura do conilon. Em pouco tempo, e apesar de alguma resistência ao plantio, o grão passou a ocupar espaços deixados pelo arábica, consolidando-se em terras capixabas. O trabalho dedicado de pesquisadores no estado levou a um grande avanço tecnológico no setor, com seleção de melhores materiais genéticos, lançamento de variedades clonais e investimentos em processamento e pós-colheita para a melhoria no padrão de qualidade da bebida.

Plantação de café representando a região de produção da variedade conilon no Espírito Santo
Conilon Capixaba
Plantação de café representando a região do Caparaó no Espírito Santo

Caparaó

Desde janeiro de 2021, a região de Caparaó é reconhecida como Denominação de Origem pelo INPI.

Os fatores naturais presentes na área de Caparaó incluem: altitudes das lavouras, em sua maioria situadas acima de 800m; relevo montanhoso com altas declividades, o que impede a mecanização; pluviosidade média anual entre 1.200mm a 1.600mm; temperatura média anual de 19oC a 22oC; solos com teores de matéria orgânica relativamente elevados e de fertilidade apontando para teores equilibrados de nutrientes; entre outros.

Os fatores humanos, por sua vez, envolvem: a integração das orientações de assistência técnica com conhecimentos empíricos passados há décadas de pai para filho, em um sistema de agricultura familiar; escolha de variedades de café adequadas a cada localidade; separação de lavouras em talhões identificados; colheita e pós-colheita realizadas por lotes de café; processo de secagem em terreiro de concreto, invariavelmente contando com o trabalho feminino; entre outros.

Por influência desses fatores naturais e humanos, o café do Caparaó apresenta, segundo avaliação sensorial realizada por diversos provadores de café: fragrância e aroma muito complexos, com no mínimo cinco descritores com notas de chocolate, caramelo, melaço de cana, açúcar mascavo, rapadura, mel, frutas amarelas como nêspera, cajá manga e pêssego, especiarias doces e picantes, baunilha, castanha, amêndoas e floral de rosas ou jasmim; sabor suave e muito doce (sempre aparece melaço e/ou caramelo), com finalização prolongada; acidez delicada e cítrica de laranja; corpo variando de sedoso a cremoso, com ocorrência de corpo licoroso ligado a fermentações espontâneas positivas (neste caso é comum inclusive sabor alcoólico de conhaque ou vinhoso).

Caparaó
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