Café brasileiro se prepara para atender às exigências da Lei Antidesmatamento da União Europeia
- Julhyana Veloso Nunes
- 30 de jun.
- 2 min de leitura

O Brasil avança no compromisso com a sustentabilidade e a conformidade legal no comércio internacional de café. Durante o webinar "Diálogos da cadeia do café sobre a lei antidesmatamento da União Europeia (EUDR)", realizado no último dia 24 de junho pela Fundação Solidaridad, o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, compartilhou a posição do setor produtivo brasileiro diante das novas exigências europeias.
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Oportunidade de destacar a sustentabilidade do café brasileiro
Com a entrada em vigor da EUDR, a União Europeia passará a exigir rastreabilidade total e a comprovação de que produtos como o café não estejam associados ao desmatamento. Silas ressaltou que o Brasil já possui uma das estruturas mais preparadas do mundo para atender a essas demandas, combinando monitoramento por satélite, legislações rigorosas e um histórico sólido de responsabilidade ambiental.
Destaques do setor:
O café brasileiro representa apenas 0,1% das áreas desmatadas no país.
Em Minas Gerais, 99% das propriedades cafeeiras registradas no CAR não apresentaram desmatamento significativo após 2008.
A UE é um dos principais destinos do café brasileiro, com quase metade dos US$ 11,4 bilhões exportados em 2024 tendo como destino países como Alemanha, Bélgica e Itália.
Caminhos propostos: tecnologia e soluções públicas
Para apoiar os produtores, o CNC defende a adoção de ferramentas públicas, gratuitas e acessíveis, como:
SeloVerde (Minas Gerais)
AgroBrasil+Sustentável (Governo Federal)
Nova plataforma em desenvolvimento pela CONAB, voltada à verificação da conformidade legal das propriedades.
Segundo Silas, o Brasil está pronto para mostrar que seu café é legal, rastreável e livre de desmatamento, podendo se tornar referência global em sustentabilidade agrícola.
Fonte: Terra Investimentos
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