Café Sobe com Clima Adverso e Demanda Ativa, Dentro e Fora do Brasil

O mercado internacional de café fechou a sessão do dia 24 com fortes altas impulsionadas por dois fatores principais: a desvalorização do dólar e a previsão de chuvas limitadas nas regiões produtoras do Brasil. A menor perspectiva de chuvas afeta diretamente a produtividade da safra, o que, por sua vez, tende a pressionar os preços para cima devido à possível oferta reduzida. A atualização da Hedgepoint sobre a safra 2025/26 confirma esse cenário, apontando uma queda significativa na produção de Arábica — de 42,6 para 39,6 milhões de sacas — devido ao baixo volume de chuvas durante o desenvolvimento da lavoura.

Essa conjuntura refletiu diretamente nas cotações internacionais. O café arábica teve valorização expressiva em todos os vencimentos, com altas superiores a 1.100 pontos, encerrando o contrato de maio/25 a 408,00 cents/lbp. O robusta também registrou ganhos relevantes, variando entre US$ 56 e US$ 78 por tonelada, demonstrando que o mercado está reagindo de forma generalizada à possível restrição de oferta. Essa movimentação mostra o quanto as condições climáticas e a dinâmica do dólar impactam diretamente os contratos futuros e a percepção de risco entre os investidores.

No mercado interno, a alta nas bolsas refletiu-se em maior movimentação e valorização nas principais praças produtoras. Cidades como Espírito Santo do Pinhal, Campos Gerais, Guaxupé e Poços de Caldas registraram ganhos entre 1,4% e 4% nos preços do Arábica Tipo 6 e do Cereja Descascado. No entanto, o boletim do Escritório Carvalhaes alerta que, apesar do interesse comprador estar ativo para diversos padrões de café, o volume de cafés da safra 2024 ainda disponíveis nas mãos dos produtores é historicamente baixo. Isso indica um descompasso entre oferta e demanda que pode continuar sustentando preços elevados no curto prazo. Fonte: Noticias Agrícolas Preocupação com a produtividade da safra brasileira faz café arábica... - Notícias Agrícolas