Impactos Climáticos e Cambiais Elevam Preços Futuros do Café: Análise do Mercado

Os preços futuros do café tiveram leves altas nesta segunda-feira (19), impulsionados por uma combinação de fatores climáticos e cambiais. As cotações, apesar de pequenas oscilações durante o dia, encontraram suporte na valorização do real frente ao dólar, o que desestimula as exportações por parte dos produtores brasileiros. Além disso, a condição de tempo seco nas principais regiões cafeeiras do Brasil, que tem persistido nos últimos 120 dias, gera preocupações sobre a produtividade da safra 2024/25, impulsionando os preços. O contrato de setembro/24 na Bolsa de Nova York, por exemplo, fechou com uma alta de 45 pontos, reforçando essa tendência de valorização.

O robusta, negociado na Bolsa de Londres, também registrou ganhos, com o contrato de setembro/24 aumentando US$ 43 por tonelada. O mercado global para o robusta está sendo influenciado por dois fatores principais: a queda nas exportações do Vietnã, o maior produtor mundial, e as dificuldades logísticas enfrentadas no Brasil, especialmente no porto de Vitória. Com o Vietnã exportando menos, o Brasil tem suprido parte dessa demanda, mas as limitações operacionais no porto afetam o fluxo de exportação, o que, por sua vez, contribui para a elevação dos preços.

No mercado físico brasileiro, as cotações do arábica apresentaram variações, com altas significativas em algumas regiões, como Guaxupé/MG, onde o café cereja descascado subiu 2,51%. Por outro lado, houve quedas em locais como Franca/SP. As variações refletem as condições locais de oferta e demanda, influenciadas tanto pelo mercado futuro quanto pelos desafios climáticos e logísticos que afetam a safra e a exportação. A situação mostra um mercado sensível às oscilações cambiais e climáticas, com os preços reagindo rapidamente às incertezas da produção e exportação.

Fonte: Noticias Agrícolas