Mercado Internacional Sente o Peso da Guerra Comercial e Incertezas Globais

O mercado internacional do café encerrou a segunda-feira (07) em forte queda, com o robusta recuando 6,40% e o arábica 5,72% nos contratos futuros. A pressão negativa veio principalmente do aumento do sentimento de aversão ao risco nos mercados globais, motivado pelo temor de uma intensificação da guerra comercial. As tarifas propostas devem impactar diretamente os preços ao consumidor e, consequentemente, a demanda por café. A desvalorização do real frente ao dólar, atingindo mínima de dois meses e meio, também favoreceu as vendas de exportação por parte do Brasil, ampliando a pressão sobre os preços internacionais.

No entanto, especialistas do setor alertam que as recentes movimentações não refletem os fundamentos do mercado. Marcus Magalhães, diretor executivo da MM Cafés, destacou que o cenário atual é resultado de pânico momentâneo gerado pela possibilidade de recessão global e pela insegurança quanto às políticas tarifárias. O Escritório Carvalhaes, por sua vez, reforça que, apesar do momento conturbado, os estoques baixos nos países produtores e consumidores, além das condições climáticas adversas, indicam suporte estrutural para os preços. Ainda assim, recomendam cautela e paciência até que se esclareçam os rumos das negociações comerciais globais.

No mercado interno brasileiro, o cenário foi misto, com produtores mais cautelosos diante da queda na bolsa de Nova York e da alta do dólar. Algumas praças como Patrocínio/MG e Guaxupé/MG registraram quedas nos preços, enquanto outras, como Machado/MG e Poços de Caldas/MG, apresentaram leves altas. O boletim do Escritório Carvalhaes observa que o volume de vendas permanece aquém do necessário para atender tanto ao consumo interno quanto à exportação, refletindo o ambiente de insegurança e a retração dos produtores na expectativa de melhores referências futuras. Fonte: Notcias Agrícolas Preço do café robusta fecha sessão desta 2ª feira com recuo de mais de 6% e... - Notícias Agrícolas