Tarifas de Trump e Dólar Forte Derrubam Cotações nas Bolsas Internacionais

O mercado futuro do café enfrentou forte pressão nesta sexta-feira (04), impulsionado por dois fatores principais: a insegurança quanto ao impacto das tarifas impostas por Donald Trump e a desvalorização do real frente ao dólar. O clima de aversão ao risco resultou em quedas significativas nas bolsas internacionais, com os contratos de arábica e robusta atingindo os menores níveis dos últimos dois a dois meses e meio, respectivamente, nas bolsas de Nova York e Londres. Isso reforça o ambiente de volatilidade e incerteza para os investidores do setor.

Segundo o analista Eduardo Carvalhaes, as quedas recentes não refletem os fundamentos do mercado, que continuam sólidos, mas sim reações imediatas à instabilidade geopolítica e comercial global — especialmente à resposta da China às novas tarifas americanas. Ele recomenda cautela, destacando que ainda é cedo para mensurar os reais impactos das medidas tarifárias, que ainda carecem de maiores detalhes sobre sua implementação. A recomendação é de prudência por parte dos agentes de mercado até que haja mais clareza.

No mercado interno brasileiro, os preços também oscilaram, mas o comportamento foi misto nas principais regiões produtoras. Enquanto algumas praças registraram queda, como Araguari e Guaxupé, outras, como Machado e Poços de Caldas, tiveram leves altas. Apesar do interesse comprador, os preços ofertados ainda não satisfazem os vendedores, o que tem dificultado a concretização de negócios. O cenário, portanto, é de espera e baixa liquidez, com os produtores avaliando cuidadosamente o melhor momento para negociar diante da instabilidade externa. Fonte: Noticias Agrícolas Mercado do café deixa os fundamentos de lado e sente pressão do tarifaço - Notícias Agrícolas