Café Fecha em Alta com Clima Desfavorável e Queda do Dólar Impulsionando Preços

Os preços do café encerraram a terça-feira (11) em alta nas bolsas internacionais, impulsionados principalmente pela valorização do robusta, que registrou ganho de 3,29% no contrato de maio/25. A fraqueza do dólar em relação ao real também contribuiu para esse movimento, tornando o café brasileiro mais competitivo no mercado global. No entanto, persistem as incertezas quanto à real dimensão da safra de 2025 no Brasil, uma vez que as condições climáticas desfavoráveis ao longo de 2024 afetaram significativamente o potencial produtivo, especialmente no caso do arábica.

As previsões climáticas continuam a preocupar o setor, com especialistas apontando para um cenário de chuvas abaixo da média e temperaturas elevadas, o que pode comprometer ainda mais a umidade do solo. Caso a estiagem persista, há o risco de novas perdas para a safra de 2026, principalmente devido ao impacto nas gemas florais do arábica. Apesar desse contexto desafiador, tanto o robusta quanto o arábica registraram altas expressivas nos contratos futuros, reforçando a percepção de um mercado volátil e altamente sensível às condições climáticas no Brasil.

No mercado interno, o interesse por diferentes padrões de café segue alto, mas a resistência dos vendedores em aceitar os preços oferecidos pelos compradores tem dificultado o fechamento de negócios. Apesar disso, os preços físicos do arábica registraram valorização nas principais praças acompanhadas, com destaque para Guaxupé/MG (+1,97%), Poços de Caldas/MG (+2%) e Franca/SP (+1,92%). O Cereja Descascado também teve alta, refletindo a menor disponibilidade de café de qualidade no mercado. Esse cenário mostra um ambiente de cautela, com produtores atentos às condições climáticas e ao comportamento dos preços antes de avançarem com novas vendas. Fonte: Noticias Agrícolas Mercado do café termina sessão de 3ª feira (11) com ganhos sustentados pelo... - Notícias Agrícolas