Café recua com previsão de chuvas no Brasil, mas mercado segue volátil

Os preços do café encerraram a quinta-feira (06) com fortes quedas nas bolsas internacionais, influenciados pelas previsões de chuva no Brasil. Segundo a Somar Meteorologia, o tempo seco e quente deve dar lugar a vários dias de precipitação na próxima semana, ajudando no desenvolvimento final das lavouras. Essa expectativa levou a uma liquidação nos futuros do café, pressionando as cotações tanto em Nova York quanto em Londres. A mudança climática trouxe um alívio momentâneo para as preocupações com a oferta, impactando diretamente os preços.

Apesar da queda no curto prazo, o gerente da mesa de operações da Minasul, Heberson Sastre, destaca que o mercado segue sustentado por fundamentos sólidos no longo prazo. No entanto, fatores financeiros, técnicos e a atuação de fundos de investimento foram determinantes para a desvalorização recente. Além disso, os produtores brasileiros, diante da inflação e dos juros elevados, relutam em recompor seus estoques, que já se encontram em níveis historicamente baixos. Essa situação adiciona volatilidade ao mercado e mantém as incertezas sobre o abastecimento global.

No fechamento da sessão, o arábica registrou quedas expressivas, com perdas superiores a 2.000 pontos nos principais vencimentos, enquanto o robusta recuou mais de US$ 200 por tonelada. No mercado interno, os preços também acompanharam essa tendência, com desvalorizações significativas nas principais praças produtoras. Os cafeicultores seguem cautelosos, monitorando as condições climáticas antes de realizar novas movimentações no mercado físico. A volatilidade deve continuar nos próximos dias, à medida que o mercado reavalia o impacto das chuvas sobre a safra brasileira. Fonte: Noticias Agrícolas Cafeicultores brasileiros têm em mãos o menor nível de estoque da história - Notícias Agrícolas