Correção nos preços do café: liquidações derrubam cotações após forte rali
- Maria Paula
- 12 de fev.
- 2 min de leitura

Os preços do café sofreram forte correção nesta terça-feira (11), após um período de ganhos expressivos nos últimos dias. A realização de lucros por parte dos fundos gerou uma onda de liquidações, intensificada pela ativação de sell-stops, levando as cotações do arábica a registrar a maior queda desde dezembro de 2024. Apesar da queda nos preços, o mercado ainda se mantém atento às preocupações com a oferta global, que continuam sendo um fator fundamental para a sustentação das cotações futuras. O contrato mais ativo do arábica chegou a subir 2,1% durante o dia, atingindo um recorde de US$ 4,29/lp, mas reverteu o movimento e encerrou com uma desvalorização de 3,97%.
O impacto da liquidação foi sentido em toda a curva de vencimentos, com o contrato de março/25 fechando a 413,45 cents/lbp, uma queda de 1.560 pontos. Os vencimentos mais distantes também recuaram, com destaque para o contrato de maio/25, que perdeu 1.670 pontos, e o de setembro/25, que caiu 1.540 pontos. O robusta acompanhou a tendência negativa, com recuos mais moderados, variando entre US$ 18 e US$ 35 por tonelada nos principais vencimentos. A pressão vendedora sobre o mercado sugere que os investidores estão ajustando suas posições após o recente rali de preços, mas a baixa oferta global pode limitar quedas mais expressivas no médio prazo.
No mercado interno, os preços também recuaram, refletindo as movimentações das bolsas internacionais. O arábica tipo 6 registrou quedas em diversas praças produtoras, com destaque para Franca/SP, onde a desvalorização foi de 3,16%, fechando a R$ 2.760,00/saca. O cereja descascado também teve perdas significativas, com queda de 1,82% em Guaxupé/MG e 1,76% em Campos Gerais/MG. Apesar das baixas, a retração da oferta no mercado físico pode evitar quedas mais acentuadas, mantendo os preços em patamares elevados no curto prazo.
Fontes: Noticias Agrícolas Café: Preço do arábica encerra sessão desta 3ª feira (11) em queda, mas... - Notícias Agrícolas
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