Cotação do Café Atinge Novos Recordes Impulsionada por Clima Adverso e Alta do Dólar

O mercado de café continua em alta, com as cotações tanto em Nova York quanto em Londres atingindo novos patamares nesta terça-feira (27). As condições climáticas adversas nas principais regiões produtoras, como o Brasil, têm sido o principal fator por trás desse movimento. A falta de chuvas significativas em áreas cruciais para o cultivo de arábica tem pressionado os preços para cima, refletindo as preocupações com a produção futura. Em Londres, os contratos de robusta também registraram altas expressivas, com aumentos de até US$ 135 por tonelada.

As projeções indicam que a situação climática desfavorável deve persistir, o que pode continuar sustentando os preços elevados. O boletim da Hedgepoint Global Markets sugere que a baixa umidade esperada nas próximas semanas, especialmente em setembro, pode ter um impacto ainda maior na safra de 25/26, potencialmente ampliando as altas de preços. A tensão climática, portanto, segue como um fator determinante na formação de preços, aumentando a volatilidade no mercado de café.

No mercado interno brasileiro, o impacto dessa conjuntura internacional também se reflete nos preços. A valorização do dólar frente ao real contribuiu para os aumentos nas cotações do café arábica e do cereja descascado em importantes regiões produtoras. Com altas significativas nas praças de Varginha, Franca e Guaxupé, os preços internos seguem a tendência de elevação observada nos mercados internacionais, reforçando a influência do clima e do câmbio na dinâmica do mercado cafeeiro.

Fonte: Notícias Agrícolas