Mercado Cafeeiro: Chuvas no Brasil e Adiamento de Lei da UE Impactam Preços Futuros
- Julhyana Veloso Nunes
- 3 de out. de 2024
- 2 min de leitura

O mercado cafeeiro apresentou quedas acentuadas nas bolsas internacionais nesta quarta-feira, refletindo o impacto das recentes chuvas em regiões produtoras no Brasil. Essas precipitações, embora modestas, trouxeram alívio para o solo em um momento crucial para a floração dos cafezais, o que ajudou a reduzir a pressão sobre os preços. A perspectiva de adiamento da implementação de uma lei da União Europeia (UE), que poderia afetar a certificação de estoques de café, também contribuiu para a diminuição das preocupações com o abastecimento, resultando em uma baixa considerável nos preços do café arábica e robusta nos mercados futuros.
A queda foi particularmente expressiva para o robusta, que registrou desvalorização superior a 6%, com o contrato de novembro/24 caindo US$ 334 por tonelada. O arábica também não ficou imune, com quedas de até 765 pontos nos contratos de dezembro/24. Esse movimento de baixa reflete o alívio proporcionado pelas chuvas, mas também destaca a fragilidade do mercado diante de qualquer sinal de melhora ou deterioração nas condições climáticas. Além disso, a possibilidade de o adiamento da lei da UE permitir o uso de estoques europeus certificados ajudou a reduzir o temor de uma escassez imediata de café, reforçando a tendência de queda nos preços.
No mercado interno, os reflexos das bolsas internacionais foram evidentes, com o arábica tipo 6 e o cereja descascado apresentando quedas em diversas regiões produtoras, como Guaxupé e Varginha. Os preços, que já vinham em um ritmo de baixa, foram pressionados ainda mais com a desvalorização no cenário global. Produtores brasileiros devem continuar atentos às mudanças nas condições climáticas e nas regulamentações internacionais, pois esses fatores seguem determinantes para as oscilações de preços e a viabilidade das suas operações comerciais.
Fonte: Notícias Agrícolas
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