Mercado de Café Fecha em Baixa com Previsão de Chuvas no Brasil e Alta do Dólar

O mercado cafeeiro encerrou a sexta-feira com quedas significativas nas cotações futuras tanto do arábica quanto do robusta, marcando um recuo expressivo acima de 1% em Nova York e até 2% em Londres. No início do dia, o arábica ainda operava em alta, mas as previsões climáticas indicando chuvas significativas nas regiões produtoras do Brasil causaram uma inversão no movimento, levando os preços a caírem ao longo do dia. Esse comportamento reflete a sensibilidade do mercado a fatores climáticos, especialmente em momentos de seca prolongada em áreas essenciais para o cultivo de café.

As previsões de chuvas sobre o Brasil, particularmente em Minas Gerais e Espírito Santo, são vistas como positivas para a oferta futura de café, pois aliviam as preocupações com a seca que ameaçava as plantações. As expectativas de precipitações fortes, com volumes que podem superar os 100 mm em algumas regiões, fortalecem a esperança de recuperação das plantações, embora excessos possam eventualmente impactar a qualidade do grão. Este corredor de umidade que se forma sobre o interior do Brasil está promovendo um cenário de instabilidade que pode ter efeitos mistos para o mercado, dependendo de como as lavouras respondem a essas condições.

Além do clima, a alta do dólar em relação ao real exerceu mais pressão sobre os preços internacionais, já que a desvalorização da moeda brasileira estimula as vendas de exportação pelos produtores locais. No entanto, no mercado interno brasileiro, o café arábica e robusta registraram pequenas altas, refletindo uma valorização mais regionalizada, ainda que discreta. Esse movimento de preços oposto ao externo sugere que a demanda interna por café continua estável, proporcionando uma certa sustentação aos preços nacionais, enquanto o cenário externo se ajusta conforme as previsões climáticas e as variações cambiais.

Fonte: Notícias Agrícolas